16 Fevereiro 2017, 14h30
Local
Museu Francisco Tavares Proença Júnior
Entrada Livre
O debate do Habitar Portugal em Castelo Branco permite discutir algumas questões importantes para a arquitectura contemporânea em Portugal. Em primeiro lugar as assimetrias regionais. A concentração de pessoas e recursos na faixa litoral tem tido como consequência óbvia um processo de desertificação do interior que se faz essencialmente sobre os meios rurais. Aos fluxos migratórios em curso as cidades do interior têm tentado captar os seus novos habitantes através da construção de polaridades que dependem da sua capacidade de atracção que decorre da qualidade de vida alternativa à deriva pelos grandes centros. As estratégias são diversas mas todas dependem das condições que se estabelecem para que cada um desses centros seja visível, exista no espaço dos media, esteja presente nas opções de investimento para que existam oportunidades para a vida que nelas se possa fazer. Ao ser periférico corresponde uma estratégia de afirmação que pode passar pela identidade que necessita dos sinais que a veiculam, ou pela construção de novas identidades que a projectem. Castelo Branco parece ser um caso específico entre a criação de condições estruturais que fixem os seus habitantes e ao mesmo tempo o desejo de criar condições para que existam novas possibilidades. E a arquitectura, que papel tem aqui?
Oradores
Bernardo Rodrigues
Nuno Costa Santos
Carlos Semedo
José Afonso.
Moderação
Comissariado HP12–14
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